Artigos/Crônicas

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Quem ama não maltrata e não mata

Publicado em 06/03/2018 as 4h40

Por Maria Cláudia Machado

Cadela prenhe.jpg

Fragrante de cadela prenhe abandonada em Jurupema no município de Taquaritinga Foto: Maristela Cabrera

 

Conversando com um amigo um dia destes, uma pessoa sensata, perguntei-lhe se o Brasil e o mundo tinham jeito. Respondeu-me que sim, se a turma do bem agir, pois, se ficar parada perderá a batalha. E que batalha estamos travando, hein! Acredito que, para ser do bem, não basta apenas não fazer o mal. É preciso lutar contra as forças malignas, personificadas, com as armas que possui. Atualmente, identifica-se facilmente os seres do bem e os seres do mal, pois os últimos perderam totalmente a “vergonha na cara”. Seus atos descarados estão longe de obedecer padrões éticos e morais. A lista no Brasil e no mundo é interminável.
 

A propósito de atos descarados, questiono o que passa pela cabeça de um indivíduo que abandona animais de estimação nas estradas e nas ruas, que bate e grita com o animal, que mata suas crias, enfim que pratica atos horrendos como se o animal merecesse, não sofresse e fosse objeto de descarte. Quem será que deveria ser descartado? Com certeza não é o animal, que é sensível e amigo.
 

As superpopulações de animais já são um fato. Com o objetivo de não aumentá-las, é imprescindível que se castre o animal. Consequentemente, os maus tratos e os descartes criminosos de crias também serão evitados. Portanto, leve o seu animal ou um animal de rua para ser castrado. E se vir algum ato criminoso contra os nossos humaninhos, denuncie. Contribua para que a justiça não se torne algo em extinção neste país e para que os projetos mal feitos de seres humanos, independente de classe social, não ajam a seu bel-prazer. 
 

Seja um cidadão ativo e consciente. Seja um cidadão exemplo para que o bem possa vencer não apenas uma batalha, mas a guerra toda. 

 

Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea

 

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Ilha das flores. Um lugar sem flores
Estava assistindo, um dia destes, um documentário brasileiro, recomendado por um colega de trabalho, intitulado Ilha das Flores, que de flores não tem nada.  É um diálogo entre quem tem muito e quem não tem nada, mas gostaria de ter, ao menos dignidade; é uma reflexão sobre um dos aspectos mais cruéis  de nossa sociedade: a velha desigualdade social que, entre um governo e outro,  continua firme e forte.  O documentário mostra o dramático cotidiano de pessoas que vivem próximas a um lixão e esperam avidamente o caminhão de um estabelecimento comercial chegar com os restos de alimentos, que seriam descartados ali, para coletá-los e aproveitá-los. Apesar de ter recebido algumas críticas negativas, que diziam haver exageros nas cenas, o fato é que aquelas pessoas, entre as quais muitas crianças, e outras tantas no Brasil sobrevivem do que encontram no lixo, enquanto outras desfrutam de fartos banquetes patrocinados com dinheiro público, que deveria ser destinado a melhorar a vida de muitos brasileiros que estão “dando nó em pingo d’água “ para sobreviver.

Imagem livre: Pixabay

Publicado em 14/08/2017 as 6h

 

Por Maria Cláudia Machado

 

Estava assistindo, um dia destes, um documentário brasileiro, recomendado por um colega de trabalho, intitulado Ilha das Flores, que de flores não tem nada. 
É um diálogo entre quem tem muito e quem não tem nada, mas gostaria de ter, ao menos dignidade; é uma reflexão sobre um dos aspectos mais cruéis  de nossa sociedade: a velha desigualdade social que, entre um governo e outro,  continua firme e forte. 

 

O documentário mostra o dramático cotidiano de pessoas que vivem próximas a um lixão e esperam avidamente o caminhão de um estabelecimento comercial chegar com os restos de alimentos, que seriam descartados ali, para coletá-los e aproveitá-los. Apesar de ter recebido algumas críticas negativas, que diziam haver exageros nas cenas, o fato é que aquelas pessoas, entre as quais muitas crianças, e outras tantas no Brasil sobrevivem do que encontram no lixo, enquanto outras desfrutam de fartos banquetes patrocinados com dinheiro público, que deveria ser destinado a melhorar a vida de muitos brasileiros que estão “dando nó em pingo d’água “ para sobreviver. 
 

Quem é alienado e vive longe dessa realidade pode pensar: por que não vão trabalhar? Certamente trabalham em troca de um salário para lá de medíocre, quando há trabalho. Onde estão as prometidas políticas públicas para solucionar a miséria de grande parte da população brasileira? Não existem, principalmente no derradeiro momento em que vivemos, quando os direitos sociais estão sendo extintos para pagar uma dívida gerada pela corrupção e  má gestão. Uma vez mais, os lucros são privatizados e os prejuízos, socializados.
 

Sabemos que sem educação de boa qualidade, saúde e comida na mesa um país não caminha e se caminha, tropeça até cair. Almeja-se o desenvolvimento econômico mas não se fala em desenvolvimento humano. Não há interesse em melhorar esses serviços, pois testemunhamos o sucateamento de escolas, universidades e hospitais. Abaixo o discurso politicamete correto em época de eleições. Abaixo o tratamento do Brasil como um feudo, onde os senhores feudais acreditam que têm a posse de tudo e o administram a seu bel prazer. 
 

Fique atento, não se deixe enganar por discursos produzidos por marqueteiros. Defenda a democracia de fato e não a democracia forjada por quem não está nem aí com o povo.

 

Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea

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Sucos e seus poderes nutricionais

Publicado em 12/08/2017 as 7h40

 

Por Fernanda Cristina Agustoni *

 

Que suco é uma delícia, isso todo mundo já sabe. Refrescantes e deliciosos. Assim são os sucos naturais feitos com frutas! Mas os bons motivos para consumi-los vão muito além da questão do sabor: você sabia que eles podem ajudar a aliviar os sintomas e até a combater determinadas doenças?! Este grande benefício provém do fato de as frutas (e vegetais) possuírem muitas vitaminas e minerais. Mas isso é apenas um exemplo, pois existem  inúmeros benefícios que o consumo regular de frutas oferece à saúde.
 

De forma geral, é aconselhável  as pessoas a comerem cinco ou mais tipos de frutas, diariamente, e a mesma quantidade de vegetais, para fortalecer o sistema imunológico e evitar, assim, as doenças degenerativas. E, claro, além de consumir a fruta diretamente, transformá-la em suco é uma ótima alternativa para seguir essa recomendação.
 

Porém, vale ressaltar, as frutas (e os vegetais) não são remédios! São apenas alimentos nutritivos que oferecem ao organismo vitaminas e sais minerais para mantê-lo saudável.
 

Lembrando que  muitas doenças precisam de outras intervenções, de forma que sucos de frutas podem ajudar, mas não podem ser responsabilizados unicamente por combater/curar. Os benefícios dos sucos naturais são inúmeros: desde simples hidratação e fornecimento de energia a propriedades estimulantes, antioxidantes, diuréticas, laxativas, entre outras.
 

Abaixo você confere uma lista com 10 sucos que podem ajudar a combater ou a aliviar os sintomas de determinadas doenças. Vale a pena conferir:

 

TOP 10

 

1. Papaia, morango e inhame para acne
Os alimentos desse suco contêm propriedades antioxidantes e detoxicantes do organismo – importantes para uma pele lisa e saudável.
Ingredientes:
½ mamão papaia
6 morangos
1 pedaço médio de inhame (sem casca)
200 ml de água
Modo de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe. Sirva com gelo e só adoce se necessário.

 

2. Suco de chá verde, uvas, limão e couve para colesterol alto
Em casos de hipercolesterolemia devido a erros alimentares, os sucos – dentro de uma alimentação balanceada – podem ajudar a combater o problema. Couve, limão, uvas verdes e chá verde formam um belo suco rico em fibras, importantes para diminuir absorção de colesterol dos alimentos.
Ingredientes:
2 folhas de couve
5 uvas verdes
1 limão (suco)
200 ml de chá verde
Modo de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe. Sirva com gelo e só adoce se necessário.

 

3. Suco de manga, banana e melão para a depressão
Pessoas depressivas em tratamento medicamentoso e psicoterápico obtêm ainda melhor resultado se praticarem atividade física e se alimentarem de forma funcional. Suco de manga, banana e melão hidrata, adoça e é rico em triptofano para melhor formação de serotonina.
Ingredientes:
4 fatias de melão
1 banana
1 manga (sem casca)
100 ml de água
Modo de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe. Sirva com gelo e só adoce se necessário.

 

4. Suco de yakon e maracujá para diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 geralmente está relacionado a maus hábitos alimentares, sedentarismo e excesso de peso. Assim, precisa ser tratada corrigindo esses fatores e, claro, se pudermos contar com receitas otimizadoras deste processo, por que não?! Assim sendo, esse suco de yakon,maracujá, fibra de maracujá é o mais indicado.
Ingredientes:
5 a 6 cm de batata yacon (aproximadamente)
1 maracujá
200 ml de água
1 colher (sopa) de fibra de maracujá
Modo de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe. Sirva com gelo e só adoce se necessário.

 

5. Suco de iogurte, maçã e banana para diarreia
Iogurte desnatado, maçã sem casca e banana formam um bom suco – rico em potássio, magnésio; pobre em fibras e rico em probiótico.
Ingredientes:
1 pote de iogurte desnatado
1 maçã sem casca
1 banana
100 ml de água
Modo de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Sirva com gelo.

 

6. Suco de laranja, limão, gengibre e chá verde para gripe
Para casos de gripe, um suco feito com laranja, limão, gengibre e chá verde. Ele fornece vitamina C, antioxidantes e líquidos.
Ingredientes:
1 xícara (de chá) de chá verde
1 lasca de gengibre
Suco de 1/2 limão
Suco de 1 laranja
Modo de preparo: junte ao chá verde (gelado) o suco de limão, de laranja e o gengibre. Bata no liquidificador. Sirva com gelo e adoce se necessário.

 

7. Suco de pera, cidreira e chá de abacateiro para hipertensão
Para ajudar a combater a hipertensão, suco de cidreira, pera e chá de abacateiro. Ele possui propriedades diuréticas e calmantes.
Ingredientes:
200 ml de chá de abacateiro (feito a partir da folha do abacateiro)
1 pera
1 xícara (chá) de capim cidreira picada
Modo de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe. Sirva com gelo e adoce só se necessário.

 

8. Suco de mamão com leite e aveia para osteoporose
Para ajudar a combater/amenizar os sintomas da osteoporose, suco feito com leite desnatado, aveia e mamão. Ele possui cálcio e fósforo.
Ingredientes:
200 ml de leite desnatado
2 colheres (sopa) de aveia
1 mamão médio
Modo de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe, se preciso. Sirva com gelo e adoce só se necessário.

 

9. Suco de chá verde, couve, abacaxi e limão para reumatismo
Para ajudar a combater/amenizar os sintomas do reumatismo, suco feito com chá verde, couve, abacaxi e limão. Ele possui propriedades Ingredientes:
1 xícara (de chá) de chá verde
2 folhas de couve
4 fatias de abacaxi
½ limão (suco)
Forma de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe. Sirva com gelo e adoce só se necessário.

 

10. Suco de manga, erva doce e banana para TPM
Para ajudar a aliviar os sintomas da TPM, suco com erva doce, manga e banana. Ele acalma e melhora a cólica.
Ingredientes:
1 manga
1 banana
200 ml de água
1/2 xícara (chá) de erva-doce picada
Forma de preparo: bata os ingredientes no liquidificador. Coe. Sirva com gelo e adoce só se necessário.

 

Agora que já sabemos que os sucos podem nos ajudar em várias doenças, vamos aproveitar ao máximo essas misturas de frutas, verduras e legumes e ter uma vida mais saudável. Afinal, sua saúde não é descartável.

 

*Fernanda Cristina Agustoni é nutricionista

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Imagem livre: Pixabay

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Fundação de Fernando Prestes

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Por José Saul Martins*

 

Publicado em 24/06/2017 as 6h50

 

Quando era menino, que desfilávamos pelas ruas em comemoração ao aniversário da cidade nas friolentas manhãs de 5 de julho, matutava porque Fernando Prestes era tão novo. Em 1975 só tinha 40 anos por exemplo. Aí nossos professores explicavam que aqueles 40 anos eram de emancipação político administrativa e não de fundação, pois nossa cidade surgiu bem antes de 1935.

 

O tempo passou e continuamos a desfilar no 5 de julho até que fiquei (ficamos) marmanjos e não desfilamos mais. Com a abertura política os desfiles cívicos soavam cafona e remetia aos tempos da ditadura segundo entendimento dos organizadores.

 

Deixamos de desfilar com uniforme de Educação Física, que consistia num Bamba (ou Conga), short e camiseta, todos de cor branca e começamos a participar da fanfarra. Que festa que fazíamos a cada apresentação pelas cidades da região e aqui em Fernando Prestes.

 

Nostalgias a parte e voltemos ao tema principal deste texto: fundação de Fernando Prestes. Acredito que por termos uma data comemorativa importantíssima, que é 5 de julho, não nos preocupamos em definir um tempo certo para a nossa fundação. Quantas e quantas pessoas nos perguntam, quantos anos tem Fernando Prestes. Ai  respondemos que em 2017 vamos completar 82 anos de emancipação. Mas se nos perguntarem a nossa idade de fundação ficamos um pouco perdidos.

 

O livro “Cidade de Fernando Prestes – Resgate de sua memória”, que inclusive sou co-autor, traz informações importantes quanto aos primórdios de nossa cidade. Nas páginas 44 e 45 em “Povoamento” inserido no capitulo “Aspectos humanos”, temos algumas datas que devem ser consideradas. 1891 – O madeireiro Leonel José Ferraz construiu a primeira habitação nas proximidades da confluência do Rio Mendes com o Córrego das Palmeiras. 1894 – Francisco Sales de Almeida Leite comprou terras por aqui e também se instalou na Fazenda Abertina, a primeira lavoura de café. 1903 – O italiano José Agustoni também adquiriu terras onde hoje é cidade. 1904 – Os primeiros comerciantes Julio Freitas da Silva e Joaquim Gorguho que foram seguidos por Giacomo Pedrassoli e outros. 1908 – Planificação urbana que fez a divisão das ruas e avenidas. 1909 – Inauguração da estação ferroviária da Estrada de Ferro Araraquara.

 

Diante do exposto acima, entendo ser prudente a formação de um grupo de estudos para, se possível aprofundar um pouco mais as informações contidas na obra e, definir a data mais criteriosa para a fundação de Fernando Prestes. Existem algumas definições de entidades urbanas que devemos levar em conta para fixar “nossa data”. Então, mãos a obra.


* José Saul Martins é jornalista e diretor do Jornal A Trombeta

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2017 com dignidade

Publicado em 08/01/2017 as 8h50


Por Maria Cláudia Machado*


Ano novo, momento de refletir sobre o que desejamos e necessitamos para 2017, e em uma dimensão maior, para o resto de nossas vidas.


Vivemos em um momento em que a dignidade tornou-se nosso bem mais precioso. Infelizmente, em uma sociedade injusta, poucos são possuidores desse bem maior. A dignidade da pessoa humana é um dos princípios fundamentais contidos na Constituição Brasileira. Está relacionada com respeito e merecimento. Quando falamos em dignidade, respeito, merecimento, inevitavelmente, os associamos aos direitos sociais, nem sempre lembrados em países como o nosso.


Direito à educação, à saúde,  à alimentação, ao trabalho e ao salário justo, à moradia, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade e à infância. São esses direitos que garantem as condições existenciais mínimas para uma vida saudável e asseguram contra atos degradantes e desumanos. Relacionando cada item ao contexto brasileiro, surge a pergunta: Quantos brasileiros vivem com dignidade? A resposta é bem conhecida, pois os anos começam, terminam e a dignidade não mostra a sua cara, pelo menos a maioria da população brasileira não a conhece, apesar das infinitas promessas em épocas eleitoreiras. Pelo contrário, ela lhe é retirada. Como exemplo, citamos a arbitrária proposta do governo federal para a reforma da previdência social e a proposta para a contenção dos gastos públicos: o trabalhador trabalhará até a sua morte sem aumento do seu salário. É justamente ele quem vai acabar pagando a conta deixada por uma sucessão de governos corruptos e incompetentes. Sendo assim, não há motivo para continuar pagando a previdência.


É bom lembrar que a dignidade é o fundamento da liberdade, da justiça, da paz e do desenvolvimento social. Sem esses alicerces, uma nação não se sustenta. Sem direitos sociais não há dignidade.

Não confundamos bondade com passividade, paciência com subserviência, serenidade com indiferença e tolerância com imbecilidade.

Que venha 2017 e que a novidade sejamos nós!

Imagem livre - Pixabay.com



A propósito de atos dignos

 

Brilhante a reportagem Anjos e guardiãs: histórias de superação e amor à vida veiculada na edição nº 216. Considerando a sensibilidade e a nobreza dos atos das guardiãs para com seus anjos com necessidades especiais, podemos considerá-las heroínas. Outro ato nobre e admirável é o da senhora que trata dos animaizinhos abandonados no cemitério por seres insensíveis e covardes. Não é apenas o ser humano que merece ser tratado com dignidade, os animais merecem todo o nosso respeito, principalmente pelo fato de serem seres vulneráveis e sentirem dor, medo, fome, frio como qualquer humano. Além disso, são nossos amigos fiéis.


Que a dignidade seja a palavra de ordem em 2017 e nos demais anos vindouros e que atos nobres como os que acabamos de citar se multipliquem!


Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea


O vendedor de sorvetes

Publicado em 08/01/2017 as 8h50


Por José Saul Martins


O local onde existe hoje o nosso centro de lazer, composto pelo salão, piscinas, bochas, ginásio de esportes era um grande pátio apedrado, resquícios do leito da antiga Estrada de Ferro Araraquarense que cortava a cidade de Fernando Prestes ao meio.


Neste espaço a molecada fazia a festa nos campinhos empoeirados, com suas raquetes e bolinhas de borracha, papagaios, pipas, ausência de bolas de capotão as vezes. Tudo isso entremeio aos pitos e broncas do Marco do Abel e Nino Massei que tomavam conta da bomba do poço artesiano, atualmente, totalmente cercado pela Sabesp.

Esta área era dividida com a garotada pelos inúmeros circos mambembes que passaram pela cidade e ali se instalavam. Diziam em seus auto-falantes que ficariam apenas uma semana, mas acabavam ficando por muito mais tempo.


Meu saudoso pai liberava uns trocados para eu assistir aos grandes espetáculos, mas a molecada ia todos os dias. - Caramba também vou. Mas como? Me faltava dinheiro.

Um desses circos que ainda está vivo em minha memória é o Circo Aires, chamado por nós pirralhos de “Circo do Reco Reco”. A familia Aires e alguns funcionários, capitaneados pela dona Ivone eram os protagonistas das nossas festas circenses sob as tendas do “Reco Reco”.


E como assistir a todos os grandes espetáculos? O Alvinho, o Osmar, o Dilin não pagavam nenhum dia e viam circo todos os dias. É que eles vendiam doces e quitutes para dona Ivone, pelas arquibancadas e com isso assistiam a tudo e nada pagavam. Catso também quero uma boca dessas!!!

O Alvinho foi o intermediário e lá foi eu com uma caixa de isopor vender sorvetes numa  noite calorenta com show e apresentação da peça “Lavrador não é covarde” do Duo Glacial. O circo estava lotado. O tabuado das frágeis arquibancadas chegava a ranger. Caixa cheia lá fui vendendo um e outro picolé e assim rapidinho acabei com meu produto. O Dilim se danou com o tabuleiro de pirulito não vai vender nada, ironizei em pensamentos.


Picolés vendidos, arrumei um lugar para a caixa de isopor vazia e também sentei na geral. Quando dou por conta ouço uma voz ríspida dizendo - menino, ô menino, vai encher a caixa de sorvete novamente. Putz, que saco, bem agora nas patacoadas do palhaço. Sai do circo fulo da vida e fui até ao Bar do Boanézio Piovezan, que ficava na esquiva onde funciona hoje a Magazine Quase Tudo da Elizeth e do Edson, sob autorização da “velha do circo” enchi a caixa e voltei as vendas

 

Pintura em tela de Rodrigo Zaniboni retratando a antiga Estação Ferroviária de Fernando Prestes

 

Diminui meu ritmo de circulação pelo interior do circo. - O sorveteiro. Gritava a turba famigerada por sorvetes. Parece que nunca tinham visto aquilo. Senti uma inveja do Alvinho com a bandeja de manjar vendo o espetáculo e uma pontada de raiva também, pois foi ele que me intrujou aquela maldita caixa de isopor nas costas.

 

Encurtando a prosa enchi a lazarenta da caixa mais umas cinco vezes, para a alegria da velha rabugenta e do Boanézio. Só parei a hora que acabou os picolés da sorveteria. Jurei ficar escutando o circo do lado de fora, mas quem quisesse chupar sorvete, fosse chupar na puta que o pariu. Fiquei aborrecido, só trabalhei, não assisti nada, nem mesmo a peça de teatro do Duo Glacial. Sorvete não vendo mais. No outro dia reclamei com o Alvinho e o Osmar e eles deram um sorriso sacana. Tinha entendido tudo.

 

A noite estavam lá os moleques vendedores, o pessoal do circo se preparando para mais um espetáculo. O novato da noite foi o Walter (Parra) que ganhou no lombo a famigerada caixa de isopor e nossos risos marotos. Maria-mole que é um bom produto para se vender em circo. Dito e feito e foi aquela bandeja que peguei. Quem vai querer maria-mole naquele calorão. Fiquei sentadinho vendo as palhaçadas e a peça “Ladrão de galinha” de Liu e Leo. Aquilo sim foi negócio da China.

*José Saul Martins é jornalista e diretor do jornal A Trombeta

 

 

 


Cartinhas ao Papai Noel deixadas nos Correios

Publicado em 21/12/2016 as 5h


Por: Maria Cláudia Machado


Ainda dá tempo de fazer uma criança feliz


Todos os anos muitas crianças deixam as suas cartinhas ao Papai Noel nas agências dos Correios na esperança de terem seus pedidos atendidos.  Pelo conteúdo das cartas, muitas crianças são de famílias carentes com mãe ou pai desempregado. Os pedidos, geralmente, são  de coisas simples: bicicletas e muitos kits escolares. É admirável a vontade de estudar expressada pelas crianças. 


Neste país que vemos no noticiário fatos lamentáveis como políticos ladrões desfrutando de uma vida de luxo com dinheiro que deveria ser destinado às nossas crianças carentes. Famílias que muitas vezes não têm condições de oferecer-lhes o básico. Imaginem a ansiedade dessas crianças esperando que a sua cartinha seja lida e o seu pedido atendido.


Ainda dá tempo e aqui vai uma sugestão: ao invés de comprar dois ou mais presentes para os filhos, sobrinhos, netos, compre um para uma criança carente. É muito gratificante. Vá até uma agência dos correios e faça uma criança feliz. Não se acomode.


A agência dos Correios aqui de Fernando Prestes disponibilizará as cartinhas até a próxima quarta-feira, 21/12.


Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea


Não ao foguetório de Ano Novo

Publicado em 13/12/2016


Por Maria Cláudia Machado


É necessário soltar fogos para comemorar a chegada do novo ano?
Certamente há maneiras mais civilizadas e baratas de comemorar. 
Soltar fogos é um desrespeito aos idosos, bebês e aos pobres animais, que entram em pânico, fogem, se perdem para sempre ou morrem, deixando um vazio nas famílias que os criaram. Essa prática já está proibida em várias cidades.


Se você tem dinheiro sobrando, seja humano, compre remédio, ração e doe às instituições que cuidam de animais abandonados.
A vida dos animais e do meio ambiente é muito mais valiosa que um espetáculo ultrapassado. 
Seja civilizado e solidário: não solte fogos de artifício.


Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea


Imagem:cantinholiterariososriosdobrasil.wordpress.com

 


Alimentos antienvelhecimento

Publicado em 13/12/2016 as 4h


Por Fernanda Cristina Agustoni*


O envelhecimento é um processo natural do organismo que pode ser acelerado pelo stress, poluição, toxinas e conservantes presentes nos alimentos industrializados. Os alimentos antienvelhecimento ajudam as células a se manterem saudáveis prevenindo inclusive doenças degenerativas como câncer, aterosclerose ou artrite reumatoide.

Os alimentos antienvelhecimento são alimentos ricos em antioxidantes como por exemplo frutas cítricas ricas em vitamina C ou a castanha-do-pará que tem grandes quantidades de vitamina E e selênio.


Os alimentos antioxidantes com potencial antienvelhecimento incluem:
Morango, amora, framboesa, uva;
Laranja, limão e outras frutas cítricas;
Semente de sésamo, semente de linhaça, semente de girassol, castanha-do-pará, cacau;
Cenoura, tomate;
Chá verde;
Óleo de coco;
Açafrão (curcuma).


Tendo em vista o benefício desses alimentos, deve- se ter em vista um modo de preparação e qual a função desses alimentos no nosso organis  mo, além de prevenir sinais de envelhecimento e combater doenças que todos estamos sujeitos.


 Sendo assim, nessa primeira parte do artigo sobre alimentos que previnem o envelhecimento, vou falar sobre dois alimentos que são fáceis de encontrar e como prepara-los.


MORANGO: O morango é uma fruta que agrada não só pelo seu aspecto, mas, também, pelo seu sabor inconfundível. É rico em antioxidantes, que protegem o coração e previnem contra o câncer. A vitamina C, que está presente nesta fruta de forma significativa, é um bom exemplo.
Ela também auxilia na cicatrização, além de aumentar a absorção do ferro e a resistência aos processos infecciosos. Uma porção de oito morangos apresenta mais vitamina C do que uma laranja.


Os benefícios não param por aí. O morango também possui flavonóides, vitaminas do complexo B, ácido fólico e vitamina A. Ainda é boa fonte de cálcio e potássio. Esta composição da fruta garante ao corpo defesa contra agentes nocivos e auxilia na multiplicação das células necessárias para a saúde das artérias, pele e olhos, além de proporcionar o fortalecimento dos ossos e da atividade muscular. É também um ótimo aliado para a melhora da função cognitiva (mental). A fruta possui antioxidantes capazes de prevenir a oxidação das células, melhorando o funcionamento da memória.

Por ser rico em água - cerca de 90% da sua composição, o morango possui ação diurética e um baixo valor calórico. Um único inconveniente é o fato de que, por ser fruta rasteira, está sujeita à maior ação de pragas e insetos, e, em decorrência disso, muitas vezes recebe excesso de carga agrotóxica.

Para evitar o consumo de morangos com toxinas, ou minimizar este fato, a fruta seja mergulhada em água com limão antes de ser consumida. Os morangos que não forem orgânicos devem ser consumidos sem excessos.


Mousse de morango light simples
Ingredientes: 
2 xícaras de chá de leite desnatado;
5 colheres de sopa de leite em pó desnatado;
½ envelope de gelatina sem sabor hidratada;
1 lata de creme de leite light;
100 g de morango limpos;
1/2 xícara de chá de adoçante.
Modo de preparo:
Bater o leite líquido, o adoçante e o leite em pó no liquidificador;
Na sequência, acrescentar os morangos e bater mais uma vez. Derreter a gelatina hidratada em banho-maria;
Adicionar a gelatina e o creme de leite ao liquidificador e bater mais uma vez. Despejar a mistura em um refratário e levar à geladeira até que adquira consistência.
A receita rende aproximadamente oito porções. Cada uma delas possui 110,5 calorias.


UVAS: Além de práticas e gostosas, quais são os maiores benefícios da uva? Que propriedades fazem dela um alimento tão saudável?
De várias cores e diversos tons: roxo, verde, vermelho, amarelo, rosa, e até preto, as uvas existem em grande número de espécies, cerca de 60, e emmilhares de variedades. As variedades voltadas para o consumo como fruta fresca são chamadas uvas de mesa, existindo versões sem sementes e geralmente têm casca mais fina e são maiores. Já as variedades utilizadas na produção de vinho (na Itália são mais de mil variedades diferentes), tendem a ser de tamanho menor, com a casca mais grossa e possuir sementes.

Foto:Thaysa Meirelles - Flickr.com


Foto: Peter Boc  - Flickr.com



​​A uva é fonte de carboidratos, importantes para o fornecimento de energia para o corpo. Também contém vitamina C, vitaminas do complexo B e sais minerais como ferro, cálcio e potássio. A uva, principalmente escuras, possui ação antioxidante, ou seja, combate os radicais livres e também é anticancerígena. A casca da uva rosada possui uma substância cardioprotetora chamada resveratrol, que ajuda no controle do colesterol, na diminuição da formação de coágulos sanguíneos e na prevenção da trombose. Por este motivo, o vinho e o suco de uva são considerados alimentos funcionais, pois estudos científicos demonstram suas propriedades nutricionais no controle de doenças cardiovasculares.


Mousse de Uva Light
Ingredientes:
1 xíc. (chá) de água
1 envelope de gelatina em pó sem sabor, branca
1/2 xíc. (chá) de suco de uva concentrado sem açúcar
1 xíc. (chá) de leite desnatado ou iogurte desnatado
adoçante culinário a gosto
1 clara
Modo de preparo:
Misture a água e a gelatina em um recipiente e espere hidratar. Leve ao fogo em banho-maria para derreter, adicione o suco de uva, o leite e o adoçante, misture tudo e leve à geladeira até começar a endurecer. Reserve. Bata a clara em ponto de neve, incorpore-a delicadamente à gelatina já firme e leve para gelar durante 3 horas.
A receita rende aproximadamente seis porções. Cada uma delas possui 55 calorias.


Como vimos nessa primeira parte do artigo, o morango e a uva tem funções extremamente importantes para o nosso organismo, além de serem frutas saborosas. Portanto, vamos começar a consumir com mais frequência e lembrando que nas próximas edições, terão mais alimentos antienvelhecimento que são tão bons quanto o morango e a uva.
Afinal, saúde é o que interessa. 


*Fernanda Cristina Agustoni é nutricionista



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Neste Natal não comemore o nascimento levando morte a sua mesa. Neste Natal celebre a  vida

Publicado em 13/12/2016 as 4h


Por Maria Cláudia Machado


O Natal é ou deveria ser o momento em que, no mundo inteiro, as pessoas que comungam da fé cristã se unem para relembrar o dia em que Jesus nasceu na humilde manjedoura de Belém.


Infelizmente, o sentido essencial desta data, que deveria se prestar a uma reflexão coletiva sobre o modo como vivemos, perdeu-se por completo.
E nada está mais distante do sentimento cristão do que os cardápios natalinos. Quanta incorência!


As pessoas se esquecem de que os primeiros adoradores de Jesus foram justamente os animais, cena representada pelo presépio. No entanto, os mesmos são vítimas de uma matança em proporções absurdas que ocorre principalmente nesta época do ano. 


As pessoas desejam “paz” em suas mensagens natalinas, mas celebram o nascimento do Menino Jesus com os cadáveres de criaturas inocentes.
Considerando a maneira como os Reis Magos celebraram a chegada do Menino, com presentes como ouro, incenso e mirra e não com os fartos banquetes que o homem moderno costuma realizar, observa-se que este regrediu no seu caminhar. Não há menção de que os magos, José ou Maria sugeriram assar um peru ou um pernil para comemorar. 


A seguir, aprsentamos uma reflexão sobre dois mandamentos:
“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.  Quem é o próximo, apenas o ser humano? Não necessariamente.  O próximo refere-se também aos nossos melhores amigos não humanos, os animais, cujas atitudes são mais humanas que de muitos seres considerados cientificamente humanos.
“Não matarás”. A vida  é sagrada porque desde sua origem ela teve a ação criadora de Deus. Referimo-nos apenas aos humanos? Claro que não. 


Neste Natal seja coerente com os propósitos de um mundo melhor. Não seja hipócrita e especista, compartilhe compaixão, ética e solidariedade. Não mate para comer. Trilhe o caminho da evolução espiritual.


*Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea - AFA

Imagem: www.institutoninarosa.org.br



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É divertido ser criança...

Publicado em 02/11/2016 as 6h10


Por Maria Cláudia Machado

Pouco antes de 12 de outubro, estava caminhando por uma rua comercial quando vi uma faixa em uma loja de calçados com a seguinte frase: “É divertido ser criança.” Comecei a refletir a respeito do seu duplo sentido.


Por um lado, é divertido ser criança sim, se considerarmos uma criança que tem o privilégio de viver com dignidade: amada, bem alimentada, que desfruta de uma boa educação, de momentos de lazer. Por outro lado, considerando a atual conjuntura social, política e econômica, não apenas a brasileira, mas também a dos demais países que se encontram no mesmo patamar de instabilidade que o Brasil, com um histórico de subdesenvolvimento, essa frase é uma ironia, uma afronta. Crianças, cujos pais estão desempregados, crianças vítimas de algum tipo de abuso dentro de suas próprias casas, vítimas de racismo, crianças que vivem em zonas de guerra, que são obrigadas a emigrar para outros países para viver de forma um pouco menos indigna que em seus países de origem, crianças que não têm o direito de viver em paz e desfrutar da sua infância. Para elas, essa frase é um engodo.


Há poucos dias, a mídia noticiou um fato que deve ter chocado até os humanos mais insensíveis: o assassinato de uma família e de seus animais de estimação na baixada fluminense, aliás terra de ninguém, em que uma das crianças, uma menina de sete anos, antes de ser morta por espancamento foi violentada sexualmente. Dá para imaginar o sofrimento dessa criança? O que é isso? A que ponto o país chegou? Falência total do poder público que deveria proteger os cidadãos. Mas, num país em que se pensa apenas em privatizar os lucros e socializar os prejuízos, como bem disse um comentarista de um dos jornais noturnos, e em que as questões sociais não entram na pauta como deveriam, o que esperar?


Não nos esqueçamos de que a criança é o pai do homem. Deste modo, o que se faz à criança terá influência em seu desenvolvimento e na sua postura como adulto, para o bem ou para o mal.


​​*Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea - AFA


Imagem: Maria Hsu - Flickr.com



Imagem: Tetsumo - Flickr.com

 


Alimentos Antioxidantes. O que são e para que servem

Publicado em 02/11/2016 as 5h40


Por Fernanda C. Agustoni*

Por definição,/antioxidantes são substâncias capazes de atrasar ou inibir a oxidação de um substrato oxidável. O papel dos antioxidantes é proteger as células sadias do organismo contra a ação oxidante dos radicais livres.


Os radicais livres (agentes oxidantes) são moléculas que, por não possuírem um número par de elétrons na última camada eletrônica, são altamente instáveis. Estão sempre buscando atingir a estabilidade travando reações químicas de transferência de elétrons (oxi-redução) com células vizinhas. Apesar de fundamentais para a saúde, quando em excesso, os radicais livres passam a oxidar células saudáveis, como proteínas, lipídios e DNA.


O ataque constante leva à peroxidação lipídica (destruição dos ácidos graxos poli insaturados que compõem as membranas celulares). A intensificação no processo de peroxidação lipídica, por sua vez, está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas, como a aterosclerose, a obesidade, o diabetes, a hipertensão, e o desenvolvimento de doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkison, e alguns tipos de câncer. A importância dos antioxidantes está justamente no fato de que estes são capazes de regular a quantidade dos radicais livres no organismo. Uma dieta rica no consumo de antioxidantes colabora para a redução da situação de estresse oxidativo (desequilíbrio entre os níveis de radicais livres e antioxidantes).


Sistemas de defesa antioxidante

Sistema enzimático (endógeno): formado por um conjunto de enzimas (o superóxido dismutase, a catalase e a glutationa) produzidas naturalmente pelo organismo.  Contudo, a eficiência deste sistema de produção tende a diminuir com o passar dos anos. Portanto, é importante manter a qualidade do segundo sistema de defesa, o não-enzimático, através da ingestão de alimentos ricos em antioxidantes.

Sistema não-enzimático (exógeno): composto por grupos de substâncias como vitaminas, substâncias vegetais e sais minerais que podem ser ingeridos através da dieta alimentar.

Os antioxidantes atuam de duas formas sob os radicais livres: inibindo sua formação e reparando as lesões já causadas. A primeira está relacionada à inibição de reações em cadeia que envolvem sua formação; e o segundo, na remoção de células danificadas, seguida da reconstituição das membranas celulares. Os antioxidantes também interceptam os radicais livres e impedem o ataque destes sobre os lipídeos, aminoácidos, proteínas, ácidos graxos poli insaturados e bases do DNA, protegendo as células de lesões. Antioxidantes obtidos através da dieta (vitaminas, flavonoides e carotenoides, entre outros) são fundamentais neste processo.


O corpo humano possui dois sistemas de autodefesa antioxidantes: o sistema enzimático (endógeno) e o não-enzimático (exógeno). Alguns antioxidantes, como a vitamina E, são solúveis em lipídios (lipossolúveis) e protegem as membranas celulares da peroxidação lipídica, colaborando para a remoção de danos e para a reconstituição da membrana celular. O sistema de autodefesa endógeno, no entanto, tende a ser reduzido com o processo natural de envelhecimento, pois a produção das enzimas antioxidantes vai perdendo sua eficiência com o passar dos anos.


Os principais antioxidantes do sistema não-enzimático são:

• Beta-caroteno e Licopeno: são carotenoides, corantes naturais presentes nas frutas e nos vegetais. Atuam como antioxidantes, pois sequestram o oxigênio, reduzindo a disponibilidade de radicais livres para realizarem reações oxidativas. Estão associados à prevenção de carcinogênese e aterogênese, por serem capazes de proteger moléculas como lipídios, proteínas e DNA de sofrerem oxidação. Além disso, são percursores da vitamina A no organismo.

Onde encontrar: são encontrados em alimentos avermelhados, alaranjados e amarelados, como cenoura, tomate, laranja, pêssego, abóbora; e em vegetais verde-escuros, como brócolis, ervilha e espinafre.

• Curcumina: é um pigmento que ocorre naturalmente nas raízes da cúrcuma. Muito usada como tempero na culinária indiana, a cúrcuma sequestra os radicais livres e inibe a danificação dos ácidos graxos poli insaturados das membranas celulares.

Onde encontrar: Cúrcuma, açafrão e curry.

• Flavonoides: os flavonoides são um conjunto de substâncias produzidas naturalmente por vegetais para colaborar na proteção contra a radiação solar e combater organismos patógenos. Têm a capacidade de inibir a atividade das enzimas responsáveis pela produção dos radicais livres, evitando portanto, sua formação.

Onde encontrar: são encontrados em frutas, como uva, morango, maçã, romã, mirtilo (blueberry), framboesa e em outras frutas de coloração avermelhada; em vegetais como brócolis, espinafre, salsa e couve; nas nozes, soja, linhaça; além de serem encontrados em bebidas, como no vinho tinto, chás, café e cerveja, e até no chocolate e no mel.


• Vitamina A (retinol): a vitamina A tem a capacidade de se combinar com alguns radicais livres, antes que estes provoquem lesões. A vitamina A também participa no processo de produção da pele.

Onde encontrar: em alimentos de origem animal, como leite integral e fígado de boi. Aqueles que não consomem produtos de origem animal devem consumir os vegetais que contém altas concentrações de betacaroteno e licopeno, pois estes são percursores da vitamina A no organismo.

O tomate é um alimento anti oxidante - Imagem livre: swong95765 Flickr.com


Outro alimento anti oxidante é o brocolis. Imagem livre: Boca Dorada Flickr. com




• Vitamina C (ácido ascórbico): solúvel em água (hidrossolúvel), portanto, reage com radicais livres disponíveis em meio aquoso, como o que existe no interior da célula. A vitamina C também é capaz de regenerar vitamina E e de manter as enzimas do sistema antioxidante endógeno em estados reduzidos, poupando principalmente a glutationa.

Onde encontrar: em frutas: melão, melão cantaloupe, frutas cítricas (laranjas, limões, tangerinas) kiwi, manga, mamão, abacaxi, mirtilo (blueberry), morango, framboesa e oxicoco (cranberry); e em vegetais: brócolis, couve flor de bruxelas, couve flor, pimentão vermelho e verde, espinafre, batata, batata doce, moranga e tomate.

• Vitamina E (tocoferois): a vitamina E é um conjunto de tocoferois, sendo o mais importante como agente antioxidante, o alfa-tocoferol. A vitamina E é solúvel em gordura (lipossolúvel), portanto, atua protegendo as membranas celulares (formadas por lipídios) da ação dos radicais livres. Também protege as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) que atuam no transporte do colesterol.

Onde encontrar: óleos vegetais e derivados, folhas verdes, oleagionosas (castanha do pará, avelã, amêndoa, nozes) e sementes, cereais integrais e vegetais folhosos: espinafre, agrião, rúcula, entre outros.

• Cobre: essencial para o bom funcionamento do sistema de auto defesa endógeno, pois influencia a ação da enzima superóxido dismutase.

Onde encontrar: miúdos, frutos do mar, cereais integrais e em vegetais verde-escuros.

• Selênio: atua em conjunto com a vitamina E, combatendo a ação dos radicais livres. Colabora também para a formação normal da tireóide.

Onde encontrar: em produtos de origem animal, como miúdos e frutos do mar; em alimentos de origem vegetal, como cereais integrais e castanha do pará.

• Zinco: da mesma forma que o cobre, influencia a atuação da enzima superóxido dismutase.

Onde encontrar: alimentos de origem marinha, como ostras, lagosta, caranguejo. Em outros produtos de origem animal, como carne vermelha e carne de aves, leite e derivados. E em produtos de origem vegetal: feijões, nozes e grãos integrais.

Como já sabemos da importância desses alimentos para o bem da nossa saúde, vamos procurar consumi-los com mais frequência, e com isso, melhorar e blindar nosso organismo contra doenças. Sua saúde é tudo, não brinque com ela.



*Fernanda Cristina Agustoni, nutricionista, CRN 31178/Atendimento na Rua Nelson Zanqueta n°37, Jardim Itália - Fernando Prestes-SP


Vaquejadas, rodeios... Violência como patrimônio cultural?

Publicado em 02/11/2016 as 6h


Por Maria Cláudia Machado*

É inacreditável o número de parlamentares insanos e despreparados que existem no congresso. Em vez de apresentarem propostas úteis, que tragam benefícios ao cidadão brasileiro e que elevem a moral do país, preocupam-se em votar propostas de emenda à Constituição como a PEC 270/16 e a PEC 50/2016 que classificam os rodeios e as vaquejadas e suas “expressões artístico-culturais como patrimônio cultural imaterial brasileiro”.  Violência travestida de cultura. Era só o que faltava! É óbvio que há  interesses empresariais escusos por trás dessas emendas.

Em meio a tanta ignorância, a ministra Carmem Lúcia do STF, com muito discernimento, votou contra a prática da vaquejada no Ceará. Em entrevista no programa Roda Viva da TV Cultura explicou:


“Quando começou o julgamento – antes eu tinha apenas lido os textos memoriais –, eu até achei que era algo festivo, cultural. Mas quando eu fui assistir ao que eles fazem com o touro, aí era impossível, porque aí põe em estado mesmo de sofrimento. Foi por isso que eu votei.”


 “Tudo que põe em estado de sofrimento animal, inclusive passa para o ser humano uma abertura para ele também se tornar mais e mais insensível com o sofrimento. E a insensibilidade com o sofrimento de um animal passa para a insensibilidade com outro ser humano e nós estamos vendo em que sociedade nós estamos vivendo, em que a vida, no final, fica valendo pouco.”

É isso mesmo, ministra, a vida fica valendo pouco, tão pouco, que hoje, 27/10, um caminhão com bois tombou em Bauru e os animais ficaram presos nas ferragens; aqueles que sobreviveram foram parar no frigorífico. A tragédia chega a ser irônica.


Parabéns aos abençoados agricultores que ganham a vida dignamente, com a fertilidade da terra, ao contrário daqueles que se dedicam a criar e comercializar animais para abate, bem como a utilizá-los em rodeios, vaquejadas e touradas.


*Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea - AFA

Imagem: Facebook - Page Direito dos animais



Imagem: Facebook - Page Carol Stein



Camomila e seus benefícios

Publicado em 25/10/2016


Por Fernanda C. Agustoni*

Trata-se de uma das ervas mais conhecidas e usadas por sua quantidade de propriedades curativas e estéticas. É ingerida principalmente como chá, mas também pode ser utilizada em cremes ou loções. A camomila já era usada na Grécia antiga, no Egito e no Império Romano para tratar várias doenças. Porém, tornou-se popular na idade média, quando era consumida para asma, problemas nervosos, náuseas, problemas de pele, dentre outros.

Atualmente, a camomila pode ser encontrada praticamente no mundo inteiro e é muito resistente a qualquer clima, por isso, pode ser facilmente plantada em um jardim ou em um vaso.

Sua parte utilizada são as flores. E elas contem flavonoides, camazuleno, cinarina, mucilagem, colina, terpenos, cumarinas, motricina, pró- camazuleno, óleo essencial composto de sesquiterpenos, cíclicos e glucosyl, ácidos orgânicos como ácido antêmico, antesterol, ácidos graxos, aminoácidos, vitaminas A, B e C, cálcio, ferro, potássio, magnésio, manganês, sais minerais, óleo essencial, inositol, apigenol e substância amarga.

Mas, para que serve e o que são todos esses nomes complicados? Muito simples, a camomila possui todos esses nutrientes e vitaminas em sua composição. Com isso, a camomila é utilizada para diversos fins, pois se trata de uma planta terapêutica, abaixo seguem as ações que a camomila possui.

Essa florzinha é poderosa, pois tem ação antiespasmódica, antidiarreica, analgésica, antialérgica, antiflogística (agente que suprime ou reduz a inflamação ou febre), antimicótica, emoliente, anti- inflamatória, refrescante, sudorífera, calmante, sedativa, antinevrálgica, tônica, diurética, descongestionante, diaforética ( que aumenta a transpiração), antibacteriana e espasmolítica.
Ufa, ela é poderosa mesmo né! Já vimos suas ações, mas, quais as indicações? 

Indicado para o sistema digestivo, dor de cabeça, de ouvido, em caso de inflamação aguda ou crônica da mucosa gastrintestinal, e ativa na colite e cólicas biliares. Auxilia na reconstrução da flora bacteriana normal, nevralgia facial, afecção catarral, dispepsia, reumatismo, dismenorreia, metrorragia( sangramento uterino fora do ciclo menstrual), convulsões, retenção de gases, irritação das crianças impertinentes, na dentição, sensação de odor e na planta dos pés, principalmente à noite.

Imagem livre Pixabay



Contraindicações: evitar o contato com os olhos, pela presença de óleos essenciais, pode desenvolver dermatite de contato ou fotodermatite em pessoas alérgicas; não só a esta, como a outras plantas da família asteraceda, devendo ser respeitadas as doses recomendadas. Em caso de superdosagem, pode causar náuseas, excitação nervosa e insônia.

Como fazer o chá de camomila

Ele é facilmente preparado por infusão. Use 2 ou 3 colheres de chá de flores secas de camomila por xícara, colocando água quente em seguida e deixando em infusão por 3 minutos. Coe e adicione mel ou sumo de limão, se preferir, pois eles ajudam a ajustar o sabor.

Contraindicações do chá: as gestantes não devem tomar o chá, pois ele pode causar danos ao feto, chegando até ao aborto; pessoas que utilizam remédios para tratamento de trombose não devem tomá-lo porque ele aumenta o risco de hemorragia.

Bom, já que vimos a importância e os benefícios dessa flor, vamos substituir alguns medicamentos, por plantas medicinais. Faça do seu alimento, seu medicamento.


*Fernanda Cristina Agustoni, nutricionista, CRN 31178/Atendimento na Rua Nelson Zanqueta n°37, Jardim Itália - Fernando Prestes-SP

*Conteúdo publicado originalmente na versão impressa do jornal A Trombeta edição nº214 de 06/10/2016


Nutrição e fitoterapia


Publicado em 25/10/2016 as 10h

Por Fernanda C. Agustoni*


Desde os primórdios da civilização humana, técnicas e conceitos de cura pelos elementos da natureza foram conhecidos e transmitidos através das gerações. Hoje, as chamadas “ervas medicinais” ganham um destaque especial no tratamento preventivo e também, auxiliando em muitos distúrbios, como tratamento curativo.

Atualmente, vem acontecendo um retorno à vida natural, como os tratamentos fitoterápicos. Embora sejam tratamentos alternativos (que podem ou não resolver seus problemas), as plantas possuem princípios ativos que merecem muito cuidado. Esse tipo de tratamento é mais demorado, apesar de eficiente, mas também deve ser bem orientado quanto as medidas e o tempo de uso.

As plantas possuem propriedades terapêuticas: não são estáveis, nem se distribuem de maneira homogênea. Seus compostos ficam concentrados em várias partes (raiz, talos, sementes, folhas, flores e frutos).
Sendo assim, abaixo segue algumas plantas que são conhecidas e que agregam valores medicinais:


Abacateiro. Acerola. Agrião. Alecrim. Alho. Amor Perfeito. Arnica. Arruda. Avenca. Babosa. Berinjela. Boldo do Chile. Cajueiro. Camomila. Canela. Capim- limão. Castanha do Pará. Erva- cidreira. Gengibre. Goiabeira. Hibisco. Hortelã. Melissa. Poejo. Romã. 
Vale ressaltar que existem mais plantas, assim também como frutas, verduras e legumes com funções terapêuticas. Cada uma delas tem sua função e o modo adequado de preparo.
Portanto, para cada planta existe uma função especifica e um modo de preparo mais especifico ainda. Como por exemplo:
 Infusão de Gengibre ou Chá de Gengibre
– Para esquentar o corpo, em caso de resfriados ou tosse, congestão nasal, vômitos e náuseas (por ex. em caso de gravidez ou quimioterapia) e contra o colesterol.
Ingredientes
Para uma xícara de infusão ou chá de gengibre, você irá precisar de:

– 0.5 gr a 1 gr de raízes secas de gengibre ou 4 fatias finas de gengibre fresco
Observação: se for utilizado gengibre fresco, é preferível deixar em infusão durante 15 minutos ao invés de 10.
– Cerca de 200 ml de água
– (1 pauzinho de canela)
Preparação
– Ferva a água e adicione as raízes secas de gengibre (e a canela)
– Deixe em infusão por cerca de dez minutos (para obter uma dose eficaz em substâncias ativas)
Posologia
– Posologia adaptada para cada indicação. Por ex. em caso de náuseas, beba 1 xícara, três vezes ao dia. Em caso de tosse ou resfriado, beba 1 xícara de 1 a 3 vezes ao dia.
E vale sempre lembrar o quão importante é sua saúde. Cuide bem dela.

*Fernanda Cristina Agustoni, nutricionista, CRN 31178/Atendimento na Rua Nelson Zanqueta n°37, Jardim Itália - Fernando Prestes-SP

*Conteúdo publicado originalmente na versão impressa do jornal A Trombeta edição nº213 de 23/08/2016​


Imagem livre Pixabay




Luzes e trevas

Publicado em 25/10/2016 as 10h*


Por Maria Cláudia Machado*


Sempre reflito a respeito das razões que fazem algumas pessoas optarem pelo caminho das luzes e outras pelo caminho das trevas.

É natural pensar que a opção pelas luzes, ou seja, pela prática do bem, seria a escolha mais racional e apropriada, apesar do homem ser dotado do livre arbítrio. No entanto, ações que contrariam essa prática se proliferam diante de nossos olhos, veiculadas pela internet, pela televisão, pelos jornais. Seria o egoísmo, o individualismo, a falta de empatia , definida como a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreender e experimentar seus sentimentos e emoções, inclusive suas dores e sofrimento, as causas da violência, da corrupção e de outros males resultantes da falta de princípios morais?

Se a ética e a moral são responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade, pergunto:  por que alguns indivíduos as possuem e outros não? Depende de fatores genéticos, ambientais, da criação e da educação?

Segundo o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, o homem é bom naturalmente, mas o meio inevitavelmente o corrompe, transformando-o em uma criatura má. É claro que o ser humano tem suas  imperfeições, alguns mais outros menos, mas chegar ao ponto de prejudicar o semelhante ou tirar uma vida, desqualifica-o totalmente como ser humano ou como ser civilizado.

Quantos brasileiros estariam vivendo com mais dignidade se os recursos fossem aplicados em seu benefício? Além da corrupção que assola o país, que pode ser considerada um tipo de violência moral, outro tipo que, se providências sérias não forem tomadas, acabará transformando o país em terra de ninguém, é a violência física contra humanos e não humanos.

A edição 212 desta publicação noticiou mortes de cães no Jardim Luchetti 2 por envenenamento. Há algum tempo, gatos eram assassinados no Jardim Santo Antônio, bem como em outras áreas da cidade, ou ainda são? É um absurdo que ainda existam indivíduos que cometam atos covardes como esse e indivíduos que vendam o veneno, pois estes são cúmplices dos primeiros. Com que direito? Animais são seres sencientes, sofrem, sentem dor, têm estômago, rins, coração, pulmão como qualquer ser classificado como humano. Além disso, possuem qualidades nem sempre compartilhadas por muitos humanos: são sensíveis, amam e são fieis. Animais não abandonam seus filhos, pelo contrário, tentam protegê-los da violência praticada por um ser especista chamado “homem”.

Quem tira a vida de um animal é tão assassino quanto quem tira a vida de um ser humano. Portanto, a mesma atenção dispensada à punição de assassinos de humanos deve ser dispensada à punição de assassinos de animais.

Como se não bastasse, animais também são vítimas de práticas consideradas “normais” devido à cegueira humana: abates para consumo, com tortura, rituais travestidos de religião, comércio, tração, zoofilia, bombas dos festejos de ano novo e juninos, touradas, vaquejadas, rodeios, rinhas, retirados de seu habitat natural para atrações em zoológicos e circos, sacos de pancadas para as frustrações, remoção de suas penas para a confecção de travesseiros, remoção de sua pele e lã para a confecção de casacos. Alguém já viu ou imagina como fica o corpo após a retirada? Alguém acredita que ela é feita com delicadeza? Para os animais, o inferno é a Terra.

No meio de tanta insanidade, há pessoas iluminadas como os protetores, que lutam para manter suas ONGs porque o bem-estar animal nunca faz parte dos projetos dos governos.

Outro exemplo de pessoas especiais é o maestro João Carlos Martins com a  sua Orquestra Bachiana Filarmônica, que veiculam a cultura da paz ou cultura útil que faz despertar sentimentos nobres. No dia 22 de julho, durante a sua apresentação no Santuário da Virgem Montesina, a sensação era de que o mundo ainda não está perdido. O público estava totalmente envolvido pela beleza da música. Precisamos de mais eventos culturais como esse que, certamente, contribuem para a evolução espiritual do ser humano.

Dedico esta reflexão a todos os animais que tiveram suas vidas ceifadas pela covardia humana e se transformaram em anjos. Que a justiça seja feita!


*Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea - AFA

*Conteúdo publicado originalmente na versão impressa do jornal A Trombeta edição nº213 de 23/08/2016



Imagens ilustrativas extraídas da Internet


 


Traumas de infância ou boas lembranças?

Publicado em 21/07/2016


Por José Saul Martins*


Certamente são excelentes lembranças. Aos nove anos vim para Fernando Prestes e aqui não tinha contatos exceto os Monteiros (Tico, Milton e Nim) que também moraram no sitio de meu avô Pépe. Foi no pedaço do antigo traçado da estrada de ferro que vivi minha molequice pós sitio. Nas tardes juntava um bando gigante de moleques que fazia um poeirão jogando bola no pátio da estação velha para desgosto de dona Amélia. Vou tentar lembrar alguns: Os Monteiros. O Tico, o Milton, o Nim. O Edinho e Cezinha (já falecido) eram pequenos e só atrapalhavam nossas brincadeiras sem contar que caguetavam as nossas mães que nadávamos no Pontilhão. Os Pirolas com o Marco, Tchapum e Célio. Os Vergilios com Cabeção, Alvinho e Osmar. O Valdir Melo, Dilim, Walter Parra, Neno Massei, Kal, Vadinho Pargateiro e Bebeto. Os portugueses com Toninho, João e Lize. O Valdinho e o Jorge Mauricio. Os Cunhas com Massa e Neudair. O Rege Lavrini e Fernando Balaio as vezes desciam o barranco pra brincar com a gente.

Em junho de 1976 no mudamos para atual endereço na Zé Agustoni e neste pedaço fiz novas amizades. Remondinis com Paulinho, João e Zé Eduardo. Os Godoys com Dércio e Dirceu. Os Cardosos com Edson e Zizo. Kim Bertoline, Mauro Zancheta, Donizeti Preti, João e André Magne, Marcelo e Paulinho Forni, Nim e Aguinaldo Angélico,Lulinha e Rominho.

Alguns desses eram os “cafés com leite”. Algo inaceitável para um moleque – se for pra ser “café com leite” não brinco mais dessa merda – diziam os mais encrespadinhos. O “café com leite” também valia para as meninas. As mais ranhetas também não aceitavam durante as bolas queimadas umas das brincadeiras em comum. Moleque brincava de “camal”, nadava no pontilhão e ponte amarela, jogava bola no São Benedito e no Campo (estádio municipal). 

No “Campo” normalmente dava enguiço com os moleques “lá de cima”. Afinava do pau o grupo menor de moleques. Intercalávamos em debandar e ficar jogando no “campo”. O ponto comum dos moleques “lá de cima” com os daqui era a escola e muitas quizilas e desaforos eram resolvidos no braço, na famosa saída. Os moleques mais velhos de ambos os lados eram os juízes e apartavam os pirralhos quando a desavença já tinha sido resolvida. Mas acertar contas na “saída” da escola era ruim, pois o diretor quando tomava conhecimento das pendengas tinha aquela conversinha com a gente no outro dia, sem contar da comunicação aos pais. Meu pai disse quando viemos à Fernando Prestes – se você bater em alguém na rua apanha quando chegar em casa. Se por acaso apanhar de alguém vai apanhar novamente. Resumidamente não poderia brigar.

Uma das brincadeiras que mais gostávamos era o “camal” ou “polícia e ladrão”. Nos separávamos em dois grupos de moleques e com armas de brinquedo em punho os policiais tinham a incumbência de prender os ladrões. Nossa! Saía cada tiroteio na avenida Rui Barbosa que era coisa de filme. Os sons dos tiros e ricochetes eram feitos com a boca. O grande e fantástico momento foi o advento do revolver com espoletinhas que estouravam. A fabricante de brinquedos Estrela tinha vários modelos. Sonho de consumo dos moleques. As espingardas feitas com tabuinhas e canos com cabo de guarda chuvas ficaram obsoletas. Mas eu até que estava bem, pois sempre andava com uma metralhadorinha vermelha que ganhei de vinha vó de aniversário. Ela tinha uma manivela que simulava os tiros. Bem mais pra frente, em minha adolescência comprei um “Estrela” preto com cabo branco, que comportava um rolinho de espoletas em seu interior.

Tudo isso, para dizer que os meninos daquela época não ficaram com nenhum trauma, muito menos viraram criminosos por causa do “camal” que finalizo explicando: os moleques repetiam o que ouviam no cinema quando o mocinho enquadrava o vilão: come on! (venha!) 

*José Saul Martins é jornalista e diretor do jornal A Trombeta

Revolver de brinquedo da Estrela - Extraída do site Mercado Livre



Papel social e ambiental da reciclagem 

Publicado em 21/07/2016


Por Marina Pelegrini *


No Brasil, é perceptível, mesmo aos olhos dos leigos, que existe a prática de se reparar os fatos cotidianos com a criação de leis, o país possivelmente é um líder no número delas. Mas para tratar o tema reciclagem e coleta seletiva, é imprescindível comentar a Lei que desde 2010 estabelece as diretrizes para a sociedade se relacionar com seu lixo, que é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). 
Esta Lei trouxe avanços, e surge como uma urgência para o país, depois de décadas jogando o lixo embaixo do tapete. A grande inovação é que ela estabelece a responsabilidade compartilhada para destinação dos resíduos, entre poder público, população e empresas que fabricam e comercializam embalagens e outros produtos descartados após o consumo. 
A solução para a questão do lixo passa, sem dúvida, pelo fator ambiental, entretanto o caráter social é muito relevante, pois as políticas públicas devem levar em consideração o incentivo aos catadores informais de recicláveis, para que estes se agrupem em cooperativas ou associações e passem a ter melhores condições de trabalho, pois foram muitos os casos de catadores de lixões que sofreram graves acidentes de trabalho devido às péssimas condições desses locais.
As cooperativas de catadores com seus equipamentos, como caminhões, esteiras de triagem, prensas e empilhadeiras, além de proporcionar melhores condições de trabalho e maior eficiência, agregam valor ao produto que será comercializado. Segundo a PNRS, os municípios devem viabilizar estas cooperativas.
Para que, de fato, a reciclagem aconteça é necessário que esses resíduos sejam separados, e posteriormente coletados, Aí está um entrave para a maioria das cidades brasileiras, que ainda não disponibilizam caminhões de coleta seletiva, ou pontos de coleta para a população.
Acordos setoriais já começam a sinalizar um caminho para a implantação da logística reversa de embalagens, ou seja, a embalagem pós-consumo que volta à linha de produção. O acordo setorial de embalagens apresenta um quadro estimulante de recuperação das embalagens, que envolve outros setores, como supermercados e também postos de coleta voluntária, para a comunidade dispensar os recicláveis.
Outro movimento que se observa e que vai ao encontro da PNRS são ações de coleta seletiva e tratamento de compostos orgânicos, em condomínios de casas e apartamentos, ações que partem dos indivíduos, corroborando as diretrizes da Lei que estabelece o conceito de responsabilidade compartilhada, portanto cada cidadão tem o dever de se responsabilizar por aquilo que consome. A questão do lixo passa pela educação e sensibilização ambiental, já que o consumidor é a ponta da cadeia e tem que separar o resíduo para que este possa ser reciclado.
Porto Alegre é uma cidade que pode ser vista como um exemplo de implantação da coleta seletiva e tratamento dos resíduos. Os caminhões coletam os resíduos recicláveis em 100% das ruas e os encaminham para as unidades de triagem (UT) conveniadas. Nesses locais, os trabalhadores fazem a separação, prensam, agrupam em fardos e negociam autonomamente a venda desses materiais para a indústria de reciclagem. A Prefeitura de Porto Alegre fornece toda a infraestrutura para as Unidades de Triagem e garante o custeio de manutenção com R$2.500,00 por mês. O resultado da comercialização dos resíduos é dividido entre os integrantes das associações ou cooperativas que gerem cada UT.
Outro exemplo que vem do Sul, em Curitiba, existe a coleta seletiva em toda a cidade, e um projeto onde, nos pontos de coleta, os cidadãos podem trocar 4 kg de recicláveis, por 1 kg de alimentos – frutas, verduras e legumes. Este projeto envolve os agricultores da região, pois os alimentos excedentes da safra são negociados com a prefeitura através da Federação Paranaense das Associações dos Produtores Rurais, e então são oferecidos à população em troca dos recicláveis.
É digno de nota, que nenhum destes dois exemplos surgiu devido à PNRS, uma vez que eles já existiam no início dos anos 2000, por vontade política das prefeituras. 
É sempre bom ter em mente, que a reciclagem não é a primeira opção ao consumidor. A primeira opção é não gerar o resíduo, a segunda é reaproveitar o resíduo, e só depois vem o reciclar o resíduo.
* Marina Pelegrini é professora doutora em química na Academia da Força Aérea Brasileira


Imagem: www.conscienciaampla.com.br


Tapioca, a queridinha do momento

Publicado em 21/07/2016


Por Fernanda C Agustoni

Além de estar na moda e de conquistar cada vez mais adeptos, a tapioca, que é bem popular em nosso país, tem feito cada vez mais parte da alimentação da população. 

Mas, por que será que ela ficou tão famosa? Será que ela é tudo isso que dizem mesmo? Ela é tudo o que dizem e mais um pouco. Abaixo veremos os benefícios dessa comida tipicamente brasileira.

DO QUE É FEITA A TAPIOCA? A tapioca é feita da goma de mandioca (ou aipim ou macaxeira) hidratada. Há quem coloque uma pitada de sal na massa, e só! Não vai um pingo de óleo ou gordura na massa e nem no preparo, assim como nenhum outro ingrediente. Além disso, algumas marcas de tapioca podem ser saborizadas e, nesses casos, costumam levar um pouco de sal.

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA TAPIOCA? Por ser feita apenas de mandioca, a tapioca é um alimento natural com baixo teor de sódio, sem gordura, rico em carboidratos de fácil digestão e sem glúten. Lembrando que o glúten é uma proteína que pode gerar inflamação no organismo, favorecendo o acúmulo de gordura, prejudicando o intestino e causando inchaço. Além de tudo isso, vale lembrar que outro superbenefício da tapioca é o seu delicioso sabor, e a possibilidade de prepara-la com diferentes recheios! Assim, a tapioca pode ser incluída na alimentação em diferentes horários do dia.

TAPIOCA ENGORDA? Depende de alguns fatores, como: a quantidade que comer, o que utilizar como recheio e em que momento comer (uma tapioca de brigadeiro de sobremesa, por exemplo, com certeza irá engordar). Brincadeiras à parte, a tapioca é, sim, uma ótima opção de carboidrato, podendo fazer parte de uma alimentação saudável. Apesar de ser um carboidrato simples (que vira gordura rapidamente), tem o índice glicêmico menor do que o pão branco e não tem gordura ou glúten. Para quem quer controlar o peso e não vai utilizá-la como pré-treino, uma dica é incluir na tapioca (no recheio ou na massa) ingredientes ricos em fibras, como chia ou linhaça triturada. Assim, é possível reduzir o índice glicêmico da preparação, o que evita o aumento de peso e ainda aumenta seu valor nutricional.


EM MÉDIA, QUANTAS CALORIAS TEM UMA TAPIOCA (SEM RECHEIO)? Uma tapioca feita com 2 colheres de sopa de massa possui cerca de 70 calorias.


PARA PESSOAS QUE MALHAM E DESEJAM GANHAR MASSA, TEM ALGUM HORÁRIO RECOMENDADO PARA COMER TAPIOCA? No pré-treino: a tapioca é um ótimo pré-treino, já que é fonte de carboidrato simples (de rápida absorção) e de fácil digestão, ou seja, fornece bastante energia antes do treino, mas não ajuda efetivamente no ganho de massa. No pós-treino: a crepioca é uma boa opção para o pós-treino. Na receita da crepioca mistura-se duas colheres de tapioca com um ovo (caso prefira pode utilizar só a clara). Também pode ser consumida da forma tradicional, com algum recheio saudável. Como a tapioca tem alto índice glicêmico, auxilia na absorção de outras proteínas, como as encontradas nos suplementos esportivos, tipo whey protein.


QUAL O MELHOR HORÁRIO PARA CONSUMIR TAPIOCA? Por ser versátil, a tapioca pode ser incluída em qualquer refeição do dia, como no café da manhã em substituição aos pães ou até nos lanches intermediários entre as refeições principais. Em dias mais corridos, a tapioca pode ser um lanche rápido para o jantar, sempre acompanhada de recheios saudáveis e, se possível, com uma salada e fruta de sobremesa, assim se tornará uma refeição completa.


RECHEIOS SAUDÁVEIS PARA A TAPIOCA: Para incluir a tapioca em uma dieta equilibrada e saudável, a dica é escolher bem os recheios. Além disso, como a tapioca é rica em carboidratos e pobre em fibras, seu índice glicêmico é alto e isso faz com que o carboidrato da tapioca seja absorvido rapidamente, aumentando o pico de glicemia no sangue. Para evitar isso, uma dica é incluir chia ou linhaça triturada (pode ser na massa ou no recheio) e colocar um fio de óleo de coco para prepará-la.

Veja combinações de recheios saudáveis:
Frango desfiado, ricota e salsinha
Espinafre e tomate-cereja
Atum e cenoura ralada
Milho, berinjela e tomate
Banana e pasta de amendoim
Ovo mexido

Já que desvendamos a famosa tapioca e descobrimos o quanto ela é benéfica, vamos começar a coloca-la em nossa alimentação, principalmente para quem está fazendo algum tipo de dieta ou uma reeducação alimentar. E o mais importante, consumir com moderação. 

*Fernanda Cristina Agustoni, nutricionista, CRN 31178/Atendimento na Rua Nelson Zanqueta n°37, Jardim Itália - Fernando Prestes-SP

Imagem: www.baratocoletivo.com.br



Cidadania de fato?

Publicado em 21/06/2016


Por Maria Cláudia Machado*


Termos tão importantes e cheios de significação como cidadania, cidadão, ética e outros passaram a ser usados de forma tão banal, que o “cidadão” se esquece dos seus reais significados. Detenhamo-nos nos dois primeiros porque a ética é decorrente do exercício da cidadania de fato.

Qualquer definição de cidadania  vai estar relacionada ao exercício dos direitos e deveres presentes na constituição, sejam eles civis, sociais ou políticos. Essa definição parece demasiado téorica, soa como algo inalcançável, irrealizável, até mesmo utópico. Mas não é. A cidadania faz parte do nosso cotidiano desde o momento em que nos levantamos até o momento em que vamos dormir, sono nem sempre tranquilo, convenhamos,  depois de um dia atarefado com muitas preocupações, fruto, muitas vezes, das mazelas da nossa sociedade. 

Por que o mundo parece estar caminhando para o caos? Por que temos a sensação de que tudo está piorando com o passar do tempo? Talvez porque não estejamos exercendo nossos direitos e deveres. “Nós” refere-se não apenas ao cidadão denominado comum, que na verdade, não é comum, pois é uma peça importante na engrenagem social, mas a todos pertecentes a qualquer esfera da sociedade. Alguém não está fazendo a sua parte ou poucos estão fazendo. Podemos falar também de um embate entre aqueles que cumprem com os seus deveres e esperam receber seus direitos e não os recebem satisfatoriamente e aqueles que recebem seus direitos sem cumprir com os seus deveres. Será que parte do problema não resulta desse conflito?

Todo cidadão concorda que é um absurdo pagar impostos exorbitantes sobre a renda, serviços e produtos e não ter segurança adequada, ter que pagar pedágio, plano de saúde, educação... Não somos indiferentes, conformistas e tolerantes em excesso? Não seria mais vantajoso e prazeroso assumirmos o papel de transformadores da sociedade? Podemos começar as transformações no micro contexto em que vivemos: nossa escola, nossa casa e nosso bairro, conscientizando nossas crianças a viverem em harmonia com a natureza, não desperdiçando água e energia, colocando o lixo nos recipientes apropriados, não caçando passarinhos, não maltratando os animais domésticos nem aqueles que vivem na rua porque fazem parte da comunidade. Além de não maltratá-los, alimentá-los, saciar a sua sede e oferecer-lhes abrigo nas noites frias.

O cidadão pró-ativo também é aquele que se sente incomodado com atos desprezíveis e os denuncia, sem constrangimento. 
A seguir, cito exemplos de cidadania, bem como de falta dela decorrentes de dois fatos. A saber: uma moradora de um município de uma região próxima chegou do trabalho irritada e começou a maltratar a sua cachorra porque esta havia puxado uma peça de roupa do varal. Uma vizinha, indignada com sua atitude, filmou a cena e entregou-a à polícia. Em menos de vinte minutos dois policiais e representantes de uma ONG da cidade estavam resgatando o animal. É claro que a criminosa teve o rosto estampado nas redes sociais, foi alvo de duras críticas por parte da população revoltada e está respondendo a um processo, de acordo com a Lei Federal 9.605/98, que deve ser cumprida sempre. No caso, a vizinha, as autoridades policiais e a ONG agiram conjuntamente e exerceram de forma brilhante seu papel de cidadãos. Que covardia descontar nos animais indefesos as frustrações do dia a dia! Outro caso inesquecível observado, não recente, causa de assombro, com certeza, a todos que se preocupam pela preservação do meio ambiente, ocorreu na estrada vicinal que dá acesso a  Aparecida do Monte Alto para quem chega pela SP-323.


Ao longe, avistei uma camada branca que cobria ambas as margens da estrada. Quando me aproximei, constatei que eram garrafas de água vazias que os romeiros haviam descartado. Inacreditável! Para onde foi o bom senso?

Exemplo de cidadania que merece ser citado foi o cancelamento da festa do peão (cultura inútil e ultrapassada), por parte da autoridade municipal de Fernando Prestes, para investimento em saúde. Os animais também agradecem.
Estamos vivendo momentos difíceis e cabe a nós decidirmos se o bem triunfará sobre o mal. 
Se desejamos justiça, paz e bem estar devemos sair da situação de conforto e provocar a transformação, sem medo. Qualquer um pode fazê-lo, independente de idade e classe social. As redes sociais também estão aí para ajudar.


Propomos, a seguir, algumas reflexões.
Você se considera um cidadão? Você está exercendo seus direitos e deveres? Quantas vezes, ao longo de sua vida, você os exerceu? Olhe a sua volta e veja se há algo que te incomoda e precisa ser mudado e se você pode impulsionar essa mudança. O “deixa pra lá” está fora de moda. 
Como bem disse Edmund Burke, filósofo e político britânico: “Tudo o que é necessário para o triunfo do mal é que os homens de bem nada façam”. Não seja conivente, aja e sinta-se útil e realizado.

*Maria Cláudia Machado é professora na Academia da Força Aérea - AFA


Imagem livre: www.pixabay.com


Pimenta: mitos e verdades

Publicado em 21/06/2016


Por Fernanda C. Agustoni *


Pimenta é o nome comum dado a várias plantas, seus frutos e condimentos deles obtidos, de sabor geralmente picante. E você? gosta de uma pimentinha no prato? Se a resposta for sim, é que você pode começar agora mesmo a variar os tipos de pimentas e começar a diversificar um pouco nas suas receitas. Desde que consumidas com moderação, as pimentas trazem uma série de benefícios para a saúde: ajudam a manter a saúde cardíaca (especialmente a pimenta cayenna), são antibióticos naturais, combatem as inflamações, são boas para a digestão e para a saúde dos ossos e ainda são aliadas no emagrecimento. Mas evite comer pratos apimentados todos os dias - o tiro sai pela culatra e o excesso pode irritar as mucosas do estômago e intestinos, além de deixar seu paladar insensível.


Nesse caso, a pimenta é boa ou ruim? Abaixo segue os mitos e verdades sobre as pimentas, e acredite, na medida certa, ela é uma ótima aliada!


-Possui diversos nutrientes importantes para a saúde?
Verdadeiro. As pimentas são compostas por importantes nutrientes que beneciam nosso organismo. No geral, elas são ricas em vitamina A e excelentes fontes de vitaminas B e C. Possuem também quantidade signicante de magnésio, ferro, aminoácidos e toquímicos, que inibem a resposta inamatória. Além disso, as pimentas vermelhas são repletas de licopeno, pigmento que, segundo pesquisas, ajuda a prevenir o câncer de próstata. 


-Pode ser consumida todos os dias?
Verdadeiro. Quem utiliza a pimenta no dia a dia está consumindo, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, anti-inamatório e vitaminas. São benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos e que agora estão sendo comprovados pela ciência. Sendo assim, a pimenta pode fazer parte da dieta sem restrições e convém incluí-la nas refeições diariamente, tomando sempre o cuidado de não errar na dose para não apimentar demais a receita. 


-Provoca doenças como a gastrite
Falso. Embora se acredite que a pimenta seja causadora de gastrite ou outros problemas estomacais pelo seu sabor quente e picante, isso não é verdade. A pimenta provoca o aumento das enzimas digestivas no estômago, inclusive as ácidas, o que pode agravar a gastrite, mas não provocá-la. Ou seja, quem já sofre de gastrite deve consumir pimenta em pequena quantidade, porém, quem não tem predisposição para ter a doença, não terá o problema desencadeado por seu consumo. Desta forma, deve-se considerar a quantidade ingerida para que não haja complicações. Uma pitada moderada do alimento não agravará a gastrite e, dessa forma, será possível usufruir de seus benefícios para a saúde.


-Causa hemorroidas
Falso. A hemorroida é uma doença causada pela dilatação de varizes na região do ânus, originada, comumente, por sedentarismo, ingestão de gorduras e problemas cardiovasculares. Portanto, a pimenta não pode causar hemorroida, mas apenas agravá-la se o consumo for excessivo, uma vez que pode promover a dilatação dos vasos sanguíneos.


-É um alimento afrodisíaco
Verdadeiro. Essa é uma característica comum da pimenta. Isso se dá por seu sabor extremamente quente e picante e também por suas cores e cheiros fortes. Além disso, o alimento é responsável por estimular hormônios que promovem a dilatação dos vasos sanguíneos, o que irriga as áreas erógenas e, assim, aumenta a sensação de prazer.


-Todo mundo pode comer alimentos apimentados
Verdadeiro. Todos podem se beneciar de suas propriedades, mas convém lembrar que a pimenta é vasodilatadora, ajudando a desfazer os coágulos sanguíneos. Então, quem tem problemas com hemorroidas não pode abusar da pimenta. Geralmente, essas pessoas têm sangramento, o que pode levar a um agravamento da situação. Quem tem gastrite também não deve exagerar. O critério é a quantidade. Moderação é o segredo da pimenta.

Após listar os mitos e verdades dessa especiaria que todo mundo usa e gosta, vai ser mais gostoso ainda comer pimenta, mas, lembrando sempre que a quantidade e a moderação são extremamente importantes para seus benefícios. Então, vamos comer pimenta!


*Fernanda Cristina Agustoni, nutricionista, CRN 31178/Atendimento na Rua Nelson Zanqueta n°37, Jardim Itália - Fernando Prestes-SP


 


O lixo nosso de cada dia

Publicado em 23/05/2016 as 9h30


Por Marina Pelegrini*

Uma das maravilhas da vida é a transformação da natureza, como aquilo que é vivo tem o poder de se transformar, afinal esta é a diferença entre os seres vivos e aqueles que não o são. Inicio com essa frase para falar sobre a transformação do que chamamos “lixo”. O leitor pode estar pensando neste momento que pretendo falar sobre a transformação do lixo reciclável, de como os produtos inutilizados passam a ser produtos novamente úteis, entretanto pretendo falar aqui da transformação que sofre nosso lixo orgânico.

De acordo com dados do IBGE, mais de 50% do lixo coletado no Brasil é de origem orgânica. Isso mostra que além dos recicláveis, este tipo de lixo também deve ser motivo de atenção por parte da sociedade, pois todo este volume deve ter o seu lugar garantido nos aterros sanitários.

Uma maneira antiga de tratar esse lixo orgânico é a compostagem. A compostagem é um processo muito simples onde o lixo orgânico é transformado em adubo, ou, mais acertadamente, chamado de composto, ou ainda, condicionador do solo. A compostagem é um processo que podemos e devemos fazer em nossas casas, ou até mesmo em nossos apartamentos, pois não demanda espaço, nem técnicas especiais.

O primeiro ponto é estar atento em separar todas as cascas ou restos de frutas e legumes, ou seja, alimentos in natura, sem que tenham passado por cozimento, pois assim o processo de compostagem será realizado de maneira mais eficiente e sem maiores problemas, então não é aconselhável colocar no processo, feijão ou arroz cozidos, ou restos de carne, por se tratar de um processo caseiro. Neste processo também podem ser utilizadas folhagens e assemelhados.

Estas cascas ou restos de alimentos in natura são, então, encaminhados para um local onde você vai desenvolver a compostagem, mas, onde? Depende das suas circunstâncias, por exemplo, este material pode ser encaminhado para uma banheira plástica, aquelas de criança, ou em algum tambor que tenha a boca relativamente larga, há ainda recipientes apropriados para esta finalidade à venda na internet. Ao escolher um recipiente, o mesmo deverá ser furado em pequenos orifícios para a entrada de ar, pois a compostagem é um processo aeróbico, portanto deve haver a entrada de ar.

 E, com o decorrer dos dias, você vai depositando suas cascas e restos de frutas e legumes neste recipiente, é importante que você vá revirando esse lixo, de tempos em tempos, para que o ar possa penetrar nesse material. E uma dica bem legal é, se o composto se mostrar muito molhado, pois no processo de decomposição há a formação de água, jogue um pouco de serragem, que é possível encontrar em qualquer marcenaria e, diga-se de passagem, que os marceneiros têm o prazer em oferecer a serragem, pois para eles aquilo é um resíduo de suas atividades. 

E assim o processo se dá naturalmente, com o lixo sendo transformado em composto aos poucos. Segundo estudos, a decomposição do lixo orgânico tem seu processo completado de 3 a 6 meses.

É muito interessante você ir notando a diferença, e no final do processo o material gerado tem um cheirinho agradável de terra! É impressionante e bonito de se ver como a natureza age. Vale ressaltar que o volume do lixo diminui bastante neste processo. E ao término da compostagem, você pode tanto usar este composto para se juntar à terra na plantação, ou para aqueles que não têm intenção de plantar nada, é possível simplesmente descartar esse material em qualquer terreno, pois ele é inócuo, e assim você desonerou uma grande parte de lixo que seria levado para um aterro, pois lembremos que a prefeitura tem que pagar um lugar neste aterro para que sua cidade despeje seu lixo; quanto mais lixo , mais gasto público pois maior é o espaço neste aterro que teríamos que usar.

Este tipo de procedimento deveria ser mais incentivado pelos órgãos públicos, pois é uma maneira muito simples de diminuir a quantidade de lixo gerado nas cidades, mesmo que esse composto não seja usado como adubo. Não é aconselhável usar o composto caseiro para hortaliças que se comam cruas, pois como não houve um controle no processo, não temos certeza se esse composto atende os requisitos necessários para a plantação de hortaliças.

Depois que você começa a fazer compostagem, acredite: você passa a ter dó de jogar o lixo orgânico no cesto de lixo, pois você sabe que ele pode se transformar em algo lindo, cheiroso e fecundo para outras plantas.

* Marina Pelegrini é professora doutora em química na Academia da Força Aérea Brasileira


Imagem livre:https://pixabay.com/pt/res%C3%ADduos-verdes-adubo-513609/