CÂNCER COLORRETAL: ATENÇÃO AOS FATORES DE RISCO

Publicado em 20/12/2016 as 6h20 

Hereditariedade, estilo de vida e exames preventivos são os principais pontos de atenção


Ao longo do ano, muita ênfase é dada à prevenção dos cânceres de mama, do colo de útero e de próstata. No entanto, há um tipo de câncer também bastante incidente em nosso meio e que oferece grandes chances de tratamento quando diagnosticado e tratado precocemente. Trata-se do câncer colorretal, ou popularmente conhecido como câncer do intestino.

O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso, o cólon e o reto. A origem de grande parte destes tumores são pólipos que crescem na parede interna do intestino grosso.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), até o final de 2016 haverá cerca de 35 mil novos casos no Brasil e pelo menos 15 mil mortes.

A boa notícia é que este câncer tem grandes chances de cura quando diagnosticado e tratado precocemente. 

"O câncer colorretal pode ser prevenível e também detectado precocemente. Basta seguir algumas orientações simples, que incluem medidas dietéticas, farmacológicas e exames preventivos", afirma o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz,  médico cirurgião oncológico dos hospitais São José e São Joaquim da Real e Benemérita Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A primeira orientação é ficar atento ao consumo de água ao longo do dia, evitar alimentos embutidos e manter uma dieta rica em fibras e verduras. A prática de atividade física regular também contribui para a diminuição da incidência de câncer colorretal.

"Há medidas farmacológicas, que incluem medicamentos que minimizam o risco de câncer colorretal. Mas isso deve ser feito com orientação médica, pois os mesmos medicamentos utilizados para prevenir o câncer colorretal e reduzir a formação de pólipos, podem ocasionar lesões gastrointestinais", alerta o Dr. Arnaldo.


EXAMES PREVENTIVOS

Um pólipo demora alguns anos para se transformar em câncer. Assim, exames preventivos realizados regularmente podem detectar os pólipos ou a doença ainda em estágio inicial.

"Todas as pessoas sem fatores de risco, a partir dos 50 anos de idade, devem realizar a primeira colonoscopia. Com o resultado normal, o exame pode ser repetido a cada três anos, ou conforme orientação do médico. Caso sejam encontrados pólipos, a repetição do exame normalmente é feita após um ano, para comprovar que não nasceram outros pólipos e que aquele pólipo ressecado não voltou."

No caso de histórico da doença na família, a recomendação é que a primeira colonoscopia seja realizada 10 anos antes do primeiro caso, ou seja, se alguém teve câncer colorretal aos 50 anos, os demais familiares devem realizar o exame a partir dos 40 anos. Estando tudo bem, o Dr. Arnaldo sugere que o rastreamento seja repetido a cada tres anos.

"A colonoscopia não é isenta de riscos. Pode haver sangramento ou perfuração de órgãos, por isso, o exame deve ser realizado por profissional especializado, com sedação e preparo intestinal adequado", destaca o médico.


Imagem livre extraída na Internet



CÂNCER E HEREDITARIEDADE

Segundo o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz,  algumas famílias têm predisposição ao câncer colorretal hereditário não polipóide familiar, chamado HNPCC.

"Também conhecido como Síndrome de Lynch, este câncer acomete pequena parcela da população. O médico deve suspeitar quando houver mais de um caso de câncer na família e, principalmente, se acometer pessoas jovens, antes dos 50 anos de idade, que é uma situação considerada infrequente", explica o Dr. Arnaldo.

Outra doença que merece cuidado é a chamada Polipomatose Adenomatosa Familiar - PAF, que pode ser tanto atenuada como não atenuada.

"Nestes casos, pacientes de uma mesma família são acometidos pelo câncer colorretal associado a muitos pólipos. É uma situação rara mas que, quando detectada, pode levar o médico a recomendar a cirurgia para a retirada do cólon e, eventualmente, do reto também", explica.

Nestas situações, é essencial que o médico convoque todos os familiares para que sejam rastreados.  


Informação à imprensa
MK Comunicação 
Monica Kulcsar 
mkcomunica.sp@gmail.com




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