O combate ao caramujo africano

Publicado em 16/03/2017 as 4h


A Secretaria Municipal de Saúde de Fernando Prestes alerta aos moradores que com o período das chuvas aumenta a proliferação do caramujo africano e os cuidados que devem ser tomadas com o animal.


O caramujo-gigante-africano, Achatina fulica, é um molusco oriundo da África. Ele também é chamado de caracol-africano ou caracol-gigante. Esse animal pode pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura. Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante.


O molusco se desenvolve durante todo ano, mas aparece mais no verão, devido às altas temperaturas. Ele costuma se desenvolver em locais como terrenos baldios, hortas, plantações e áreas em que existe entulho. O caramujo-gigante-africano é hermafrodita e pode pôr até 400 ovos por vez. Resistente, o animal prolifera com rapidez. Dias típicos de verão – com calor e chuva no fim da tarde – são os mais propícios para encontrar a espécie. Sem predadores naturais. Além de destruírem plantas nativas e cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer tipo de vegetação, e competir com espécies nativas – inclusive alimentando-se de outros caramujos; tais animais são hospedeiros de duas espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias.


Um estudo brasileiro comprova que o caramujo-gigante-africano pode se infectar naturalmente por vermes que são transmitidos aos humanos por meio de alimentos mal lavados e água contaminada, podendo causar grave infecção intestinal, esquistossomose (barriga d’água), meningite e até a morte. Vale ressaltar ainda para tentar evitar ao máximo deixar telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas nos terrenos.

Para o controle do caramujo africano, Secretaria de Saúde, recomenda a coleta manual, com a utilização de luvas ou sacolas plásticas, para evitar o contato da pele com o muco desses animais, com a posterior quebra de suas conchas antes de eliminá-los. Isso porque tais estruturas podem acumular água, sendo um criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois, recomenda-se a aplicação de cal virgem sobre os caramujos quebrados, não vai adiantar jogar o sal, por isso a importância do CAL, que combate também os ovos. O sal vai matar apenas o animal adulto e os ovos vão permanecer no local, e a posterior incineração


DICAS IMPORTANTES

– Os moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas;

– Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco, somente o Cal Virgem vai matar tanto os ovos como o animal adulto.


– Os caracóis recolhidos devem ser enterrados em uma cova profunda (aproximadamente 40 cm), utilizando cal virgem no fundo da vala.


– O excesso de plantas, mato e entulho no quintal serve de criadouro para o caramujo.

– Lavar bem as hortaliças, verduras e frutas com água corrente – Não tocar nos caramujos sem proteção;

– Lavar as mãos com água e sabão, caso haja algum contato com o molusco; – Não transportá-los nem jogá-los vivos em terrenos baldios, ruas, matas, lixo, etc.

-A melhor ocasião para capturar os moluscos é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número.

​Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Fernando Prestes

Uso de luvas é importante na captura dos caramujos - Imagem Internet