Cemitério de Fernando Prestes tem mais de 50 sepulturas furtadas

Publicado em 07/09/2018 as 8h15

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O epitáfio "decanse em paz" não é mais verdadeiro nos cemitérios da região.

 

Na madrugada do dia 04/09 mais se 50 túmulos do cemitério municipal de Fernando Prestes foram danificados, com objetos e esculturas de bronze furtadas. A parte mais visada foi o lado esquerdo (para quem entra).

 

Segundo o Mauro Zancheta investigador de polícia, os furtos ocorreram dia 04/09, mas a polícia só foi comunicada em 06/09 . Ainda segundo o investigador, vários cemitérios de diversas cidades da região estão sendo alvo deste tipo de crime.

 

O policial orienta, que todas as pessoas que têm familiares sepultados no cemitério local e foram vítimas compareçam à delegacia e comuniquem o fato. Salienta que qualquer informação que possa auxiliar os trabalhos de investigação seja repassada à polícia.

 

Antenor Rubens Lavrini, uma das vítimas de Fernando Prestes disse que tomou um susto ao visitar a sepultura de sua mãe e ver que vasos e o letreiro com o nome em bronze haviam sido subtraídos.  “É uma profanação enorme ao local onde estão os restos mortais de nossos entes queridos sem contar o prejuízo” disse Rubens.

 

O material furtado tem basicamente como destinação final o comércio de sucatas. “Normalmente os ladrões vendem as peças como sucata, mas também já tivemos notícias em outras ocasiões de lojas que compram as esculturas, recuperam e depois vendem”, disse Zancheta. “Infelizmente todas as peças são comercializadas a preços pífios, mesmo porque o bronze não é um metal puro e tem pouco valor comercial no mercado de sucatas” concluiu o investigador.

 

Outras épocas

Os furtos nos cemitérios da região não é algo novo. De tempos em tempos circulam notícias sobre a prática dessa modalidade criminosa quando são furtadas imagens, vasos, molduras, placas nominativas, todas de bronze.

 

A maior onda de furtos em cemitérios ocorreu em 2002. Naquele ano foram furtados mais de 40 cemitérios da região inclusive de Fernando Prestes, Agulha e Candido Rodrigues.  Naquela ocasião as polícias civis e militares realizaram um trabalho de prevenção e investigação  dando um basta aos crimes, apesar de não terem identificado nenhum ladrão.

 

Na região de Catanduva e São José do Rio Preto estão acontecendo muito furtos a cemitérios.