Rapel de São João na Cachoeira do Gabiru

Publicado em 27/06/2017 as 5h30

 

Por José Saul Martins*

 

Apesar do sol brilhante a manhã estava friolenta no dia marcado para o rapel na Cachoeira do Gabiru na serra de Monte Alto. Era dia de São João de 2017. Uma queda d’água de aproximadamente 30 metros quase inserida na área urbana de Monte Alto no bairro Jardim Eldorado.

 

A galera de Vista Alegre era composta por novatos e outros com a segunda ou terceira descida no rapel. Mais experientes apenas os guias o Márcio de Sarro e seu filho Samuel e, Rodrigo Robes. A combinação era saírem todos ao mesmo tempo, mas acabou se dividido em dois grupos. No primeiro estavam os guias que chegaram e já começaram a fazer a tal da ancoragem em árvores suportando até três toneladas e dispuseram quatro cordas para descidas simultâneas.

 

Dai pouco chegou o segundo grupo dando para ouvir de longe o prosear, principalmente das moças. Um grupo cumprimentou o outro e alguns olharam sob a nevoa das águas o vale  deslumbrante abaixo. Com prudência e cautela todos espiaram qual era o destino daquele singelo curso d’água.

 

Após a última checagem nas cordas os namorados Guilherme e Carol se prontificaram a iniciarem a aventura.  Antes Marcio passou algumas instruções e mostrou como agir. – Aqui tudo é muito seguro. Trabalhamos com 100% de segurança – disse o guia. Se houver qualquer erro e queda pode ser fatal. Samuel foi junto. Apesar de Guilherme, Carol e Samuel já terem feito rapel a certeza de que estavam bem foram os gritos de “uhuulll” no primeiro apoio a uns 10 metros abaixo. A descida é demorada, pois todos querem aproveitar ao máximo a experiência e liberdade.

 

Mais descidas

Tralhas içadas e começa a se preparar a segunda descida. Amanda que já praticara rapel com duas amigas novatas: Luana e Geovana. Após os equipamentos instalados o trio começa a descida. Luana disse que não ia, mas foi. Dali a pouco ouviu-se o “uhuulll”. Sinal de que valeu a pena.

 

A terceira descida também foi de namorados: Leticia e Douglas. Capacetes, luvas, cadeirinhas, freios e uma pitada generosa de adrenalina desceram a cachoeira. O “uhuulll” da dupla soou bem mais rápido que as dos demais participantes.

 

Quase no meio da tarde Marina e Aline fecharam as descidas no Gabiru. Talvez pelo adiantado da hora e pela fome teimando em chegar foi o trajeto mais rápido do dia. Juntaram-se aos demais que estavam na parte baixa da cachoeira e rumaram para o topo. A trilha rústica e íngreme da subida consumiu algumas calorias e logo estavam todos no ponto de partida com Osmair que ficou fotografando e o instrutor Márcio.

 

Novidade

A prática de rapel na região é bem restrita, no entanto a atividade vem sendo difundida e começa a ganhar espaço junto aos adeptos da natureza e pode incrementar consideravelmente o ecoturismo. Segundo Anderson Rodrigo Robes, engenheiro ambiental, e um dos guias que acompanhou a turma na Cachoeira do Gabiru, esta região é muito rica em locais aptos para a prática de rapel com serras, cachoeiras, canyons e escarpas.

 

José Saul Martins é jornalista e diretor do Jornal A Trombeta

RAPEL DE SÃO JOÃO NA CACHOEIRA DO GABIRU  Apesar do sol brilhante a manhã estava friolenta no dia marcado para o rapel na Cachoeira do Gabiru na serra de Monte Alto. Era dia de São João de 2017. Uma queda d’água de aproximadamente 30 metros quase inserida na área urbana de Monte Alto no bairro Jardim Eldorado.  A galera de Vista Alegre era composta por novatos e outros com a segunda ou terceira descida no rapel. Mais experientes apenas os guias o Márcio de Sarro e seu filho Samuel e, Rodrigo Robes. A combinação era saírem todos ao mesmo tempo, mas acabou se dividido em dois grupos. No primeiro estavam os guias que chegaram e já começaram a fazer a tal da ancoragem em árvores suportando até três toneladas e dispuseram quatro cordas para descidas simultâneas.

Descida do paredão de apróximadamente 30 metros da cachoeira